FRAGILIDADES - ESCREVER

SOMOS COMO VASOS DE BARRO, FRÁGEIS, PORÉM MOLDADOS E CHEIOS DE EVANGELHO.

A fragilidade humana não traduz vulnerabilidade, é uma realidade nos nossos relacionamentos, uns com os outros e com Deus. Faz parte da condição humana, não é algo errado, dá-nos a possibilidade de aperfeiçoamento. Todos nascemos débeis, não perfeitos e é esta tentativa de melhorar que nos permite crescer e aprender.

Neste processo de autoconhecimento, esta semana propomos uma análise consciente à forma como encaramos a nossa vida, na família e na sociedade, como pais, como filhos, como amigos ou, pura e simplesmente, como seres humanos que partilham um mundo comum. Tenhamos coragem de reconhecer as fragilidades das nossas atitudes para com o outro, que podem ser motivo de ira, discórdia e separação, e tentemos torná-las em fonte de amor, fraternidade e união.

- Enquanto esposos, de que forma estamos a cumprir o sacramento do matrimónio? Onde estamos a falhar e como podemos melhorar? Façamos chegar ao outro, por escrito, como se de uma carta de amor se tratasse, os nossos descuidos, os momentos menos bons, a nossa falta de entreajuda, a nossa vontade de fortalecer a nossa união.
- Enquanto pais, conseguimos reconhecer os erros que possamos ter cometido na educação dos nossos filhos? Quais são os momentos de desespero que lhes possamos ter provocado? Será que os soubemos ouvir, com tempo e atenção, quando eles mais precisaram? Podemos redigir um pedido de desculpas e, ou até, de reconciliação.
- Enquanto filhos, sabemos reconhecer os nossos limites? Façamos chegar ao conhecimento dos nossos pais, por escrito, o quanto nos arrependemos pelos nossos excessos, comprometendo-nos a assumir com dignidade a nossa condição de filhos.
- Enquanto amigos, as nossas atitudes são corretas? Sabemos ouvir quem precisa, como um poço sem fundo, na confidencialidade das nossas queixas? Façamos chegar a alguém um pedido de desculpas, pelo desentendimento provocado pela carência da nossa amizade sincera.
- Enquanto seres humanos, em sociedade, sabemos reconhecer a falta de atenção a quem nos cumprimenta na rua? Ajudamos quem nos estende a mão? Ou será que ignoramos, seguimos apressadamente a dizer “agora não posso, não tenho tempo a perder...”? Façamos chegar, por escrito, a estes desconhecidos, da nossa rua, do nosso bairro, o nosso constrangimento pelas atitudes tomadas.